segunda-feira, 29 de abril de 2013

MORREU PAULO VANZOLINI, AUTOR DE "RONDA" E "SAMBA ERUDITO"

MORREU Paulo Vanzolini, autor de "Ronda" e "Volta por Cima".

A MPB de qualidade está de luto. Faleceu nessa madrugada o compositor Paulo Emílio Vanzolini. Ele foi zoólogo e compositor brasileiro, autor de famosas canções como "Ronda", "Volta por Cima" e "Na Boca da Noite". Vanzolini tinha 90 anos, foi formado pela Universidade Harvard e gravou o álbum "Onze sambas e uma capoeira".
Foto: MORREU Paulo Vanzolini, autor de "Ronda" e "Volta por Cima".    A MPB de qualidade está de luto. Faleceu nessa madrugada o compositor Paulo Emílio Vanzolini. Ele foi zoólogo e compositor brasileiro, autor de famosas canções como "Ronda", "Volta por Cima" e "Na Boca da Noite". Vanzolini tinha 90 anos, foi formado pela Universidade Harvard e gravou o álbum "Onze sambas e uma capoeira".

SAMBA ERUDITO 

Paulo Vanzolini (1923-2013)

Andei sobre as águas
Como São Pedro
Como Santos Dumont
Fui aos ares sem medo
Fui ao fundo do mar
Como o velho Picard
Só pra me exibir
Só pra te impressionar

Fiz uma poesia
Como Olavo Bilac
Soltei filipeta
Pra ter dar um Cadillac
Mas você nem ligou
Para tanta proeza
Põe um preço tão alto
Na sua beleza

E então, como Churchill
Eu tentei outra vez
Você foi demais
Pra paciência do inglês
Aí, me curvei
Ante a força dos fatos
Lavei minhas mãos
Como Pôncio Pilatos

Andei sobre as águas (...)

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Re: A Magia da Poesia: Walt Whitman – Canção de Mim Mesmo (trecho, traduzido)



"MEU ESPÍRITO É AMPLO, EU CONTENHO MULTIDÕES"

Walt Whitman – Canção de Mim Mesmo (trecho inicial, traduzido) 
1.
Eu celebro o eu, num canto de mim mesmo,
E aquilo que eu presumir também presumirás,
Pois cada átomo que há em mim igualmente habita em ti.
Descanso e convido a minha alma,
Deito-me e descanso tranqüilamente, observando uma haste da relva de verão.
Minha língua, todo átomo do meu sangue formado deste solo, deste ar,
Nascido aqui de pais nascidos aqui de pais o mesmo e seus pais também o mesmo,
Eu agora com trinta e sete anos de idade, com saúde perfeita, dou início,
Com a esperança de não cessar até morrer.
Crenças e escolas quedam-se dormentes
Retraindo-se por hora na suficiência do que não, mas nunca esquecidas,
Eu me refugio pelo bem e pelo mal, eu permito que se fale em qualquer casualidade,
A natureza sem estorvo, com energia original.
2.
Casas e cômodos cheios de perfumes, prateleiras apinhadas de perfumes,
Eu mesmo respiro a fragrância, a reconheço e com ela me deleito,
A essência bem poderia inebriar-me, mas não permitirei.
A atmosfera não é um perfume, mas tem o gosto da essência, não tem odor,
Existe para a minha boca, eternamente; estou por ela apaixonado
Irei até a colina próxima da floresta, despir-me-ei de meu disfarce e ficarei nu,
Estou louco para que ela entre em contato comigo.
A fumaça da minha própria respiração,
Ecos, sussurros, murmúrios vagos, amor de raiz, fio de seda, forquilha e vinha,
Minha expiração e inspiração, a batida do meu coração, a passagem de sangue e de ar através de meus pulmões,
O odor das folhas verdes e de folhas ressecadas, da praia e das pedras escuras do mar, e de palha no celeiro,
O som das palavras expelidas de minha voz aos remoinhos do vento,
Alguns beijos leves, alguns abraços, o envolvimento de um abraço,
A dança da luz e a sombra nas árvores, à medida que se agitam os ramos flexíveis,
O deleite na solidão ou na correria das ruas, ou nos campos e colinas,
O sentimento de saúde, o gorjeio do meio-dia, a canção de mim mesmo erguendo-se da cama e encontrando o sol.
Achaste que mil acres são demais? Achaste a terra grande demais?
Praticaste tanto para aprender a ler?
Sentiste tanto orgulho por entenderes o sentido dos poemas?
Fica esta noite e este dia comigo e será tua a origem de todos os poemas,
Será teu o bem da terra e do sol (há milhões de sóis para encontrar),
Não possuíras coisa alguma de segunda ou de terceira mão, nem enxergarás através do olhos de quem já morreu, nem te alimentarás outra vez dos fantasmas que há nos livros.
Do mesmo modo não verás mais através de meus olhos, nem tampouco receberás coisa alguma de mim,
Ouvirás o que vem de todos os lados e saberás filtrar tudo por ti mesmo.
3.
Eu ouvi a conversa dos falantes, a conversa sobre o início e sobre o fim,
Mas não falo nem do início nem do fim.
Nunca houve mais iniciativa do que há agora,
Nem mais juventude ou idade do que há agora,
E jamais haverá mais perfeição do que há agora,
Nem mais paraíso ou inferno do que há agora,
O anseio, o anseio, o anseio,
Sempre o anseio procriador do mundo.
Na obscuridade a oposição equivale ao avanço, sempre substância e acréscimo, sempre o sexo,
Sempre um nó de identidade, sempre distinção, sempre uma geração de vida.
Não vale elaborar, eruditos e ignorantes sentem que é assim.
Certeza tal como a mais certa certeza, aprumados em nossa verticalidade, bem fixados, suportados em vigas,
Robustos como um cavalo, afetuosos, altivos, elétricos,
Eu e este mistério aqui estamos, de pé.
Clara e doce é minha alma e claro e doce é tudo aquilo que não é minha alma.
Faltando um falta o outro, e o invisível é provado pelo visível
Até que este se torne invisível e receba a prova por sua vez.
Apresentando o melhor e isolando do pior, a idade agasta a idade,
Conhecendo a adequação e a eqüanimidade das coisas, enquanto eles discutem eu mantenho-me em silêncio e vou me banhar e admirar a mim mesmo.
Bem-vindo é todo órgão e atributo de mim, e também os de todo homem cordial e limpo.
Nenhuma polegada ou qualquer partícula de uma polegada é vil e nenhum será menos familiar que o resto.
Estou satisfeito – vejo, danço, rio, canto;
Quando o companheiro amoroso dorme abraçado a mim a noite inteira e depois vai embora ao raiar do dia com passos silenciosos,
Deixando-me cestas cobertas com toalhas brancas enchendo a casa com sua exuberância,
Devo adiar minha aceitação e compreensão e gritar pelos meus olhos,
Para que deixem de fitar a estrada ao longe e para além dela
E imediatamente calculem e mostrem-me para um centavo,
O valor exato de um e o valor exato de dois, e o que está à frente?
4.
Traiçoeiros e curiosos estão à minha volta
Pessoas com quem me encontro, os efeitos que a minha infância tem sobre mim, ou o bairro e a cidade em que vivo, ou a nação,
As últimas datas, descobertas, invenções, sociedades, autores antigos e novos,
Meu jantar, roupas, amigos, olhares, cumprimentos, dívidas,
A indiferença real ou fantasiosa de um homem ou mulher que eu amo,
A doença de alguém de minha gente ou de mim mesmo, ou ato doentio, ou perda ou falta de dinheiro, depressões ou exaltações,
Batalhas, os horrores da guerra fratricida, a febre de notícias duvidosas, os terríveis eventos;
Essas imagens vêm a mim dia e noite, e partem de mim outra vez,
Mas não são o meu verdadeiro Ser.
Longe do que puxa e do que arrasta, ergue-se o que de fato eu sou,
Ergue-se divertido, complacente, compassivo, ocioso, unitário,
Olha para baixo, está ereto, ou descansa o braço sobre certo apoio impalpável,
Olhando com a cabeça pendida para o lado, curioso sobre o que está por vir,
Tanto dentro como fora do jogo, e o assistindo, e intrigado por ele.
No passado vejo meus próprios dias quando suei através do nevoeiro com lingüistas e contendores,
Não trago zombarias ou argumentos, apenas testemunho e aguardo.
(…)
(Walt Whitman – Canção de Mim Mesmo)
(Poema do livro Folhas de relva. São Paulo: Martin Claret, 2006, p. 49. O poema todo é bem maior.)
(Seleção de Fabio Rocha)
Saiba mais:
Leia mais poemas de grandes poetas
walt whitman
"Meu espírito é amplo; eu contenho multidões." - Walt Whitman
(post original de 22 de outubro de 2010)

quarta-feira, 24 de abril de 2013

CONGONHAS, O MELHOR DO BARROCO MINEIRO

COM AS BENÇÕES DE ALEIJADINHO -

Luis Turiba

Quando você vem de carro de Belo Horizonte ou de Brasília (ou de alguma outra cidade nesse trecho) rumo ao Rio de Janeiro, e passa por Congonhas, tire o pé do acelerador. Foi o que fizemos, Luca e eu, nesse feriadão de São Jorge. Desaceleramos e mergulhamos no que há de mais puro e significativo do barroco no barroco mineiro. 

Ah, você não vai se arrepender das maravilhas que (re)visitará. Sim, todo brasileiro um dia já visitou os Profetas, mas que não tinha ido lá. Apesar dos desgastes naturais – chuvas ácidas maltratam os Profetas -, Congonhas ainda é um dos extraordinários colírios históricos e estéticos para nossos olhos quase sempre voltados para o Modernismo. Sem julgar valores, Congonhas é o contrário de Inhotim.

 Além do deslumbramento, você pode bater um super-rango mineiro feito pela Dona Marina no bar do Mauro, que fica atrás da igreja. E paga somente 14 reais para saborear delícias até não poder mais. Um pouco de História Do alto da colina, os 12 Profetas de Aleijadinho derramam bençãos à Congonhas (MG), mas há quem diga que eles conspiram. 

São eles: Isaías, Jeremias, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséas, Jonas, Joel, Amós, Abdias, Naum e Habaduc. 

UM POUCO DE HISTÓRIA 

Após a conclusão das obras dos Passos da Paixão, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e sua equipe começaram a construção dos Profetas no adro da Igreja do Senhor Bom Jesus. 
De 1800 a 1805, Aleijadinho deixou aqui, nas imagens esculpidas em pedra-sabão, a marca de seu gênio. A série de Profetas de Congonhas é considerada uma das mais completas da iconografia cristão ocidental. As estátuas, espalhadas no adro do Santuário, em admirável simetria, ao longo das esplanadas de níveis diferentes, formam um conjunto grandioso e impressionante.

Apoiando-se sobre um pedestal de 20cm de altura, cada um sustenta uma cartela com inscrição em latim extraída do Antigo Testamento. Pesquisadores de História da Arte da PUC de Campinas suscitam a tese de que Aleijadinho quis figurar em cada Profeta um participante da Inconfidência Mineira, fundamentada nas diferenças nas indumentárias, nos gestos e sinais das esculturas.
 — em Congonhas, Minas Gerais.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

SALVE SÃO JORGE, MEU PROTETOR

 "
EU andarei  vestido  e  armado, com as armas  de  São Jorge. Para  que  meus inimigos tendo  pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem, nem pensamentos eles possam ter para me fazerem mal. armas de fogo o  meu corpo não alcançarão, facas  e  lanças  se  quebrem  sem  ao  meu corpo chegar, cordas  e correntes se quebrem sem ao meu corpo,  amarrar.    

Fwd: Ingressos para Bolshoi Brasil se esgotam em cinco horas

 


 

22 de abril de 2013 

 

Ingressos para Bolshoi Brasil se esgotam em cinco horas

 

Companhia apresenta Don Quixote, em Brasília, no dia 25 de abril, em comemoração aos 10 anos da criação do ministério

 

 

Brasília (DF) – Os ingressos disponibilizados para o público de Brasília assistir à apresentação gratuita da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em comemoração aos 10 anos do Ministério do Turismo, se esgotaram em  cinco horas. A companhia apresenta o espetáculo Don Quixote na quinta-feira (25), às 20h30, no Ginásio Nilson Nelson.

 

Foram distribuídos 5 mil ingressos no Nilson Nelson, desde as 9h desta segunda-feira (22). A procura foi tão grande que os convites se esgotaram antes do horário de encerramento da bilheteria, às 16h. Cada pessoa podia retirar até o máximo de dois ingressos (de acordo com a disponibilidade), mediante apresentação do documento de Cadastro de Pessoa Física (CPF).

 

Leia mais sobre o espetáculo aqui.

 

Ascom/MTur

 


CUIDADOS COM OS FALSOS PRODUTOS VERDES

MUNDO VERDE ALERTA PARA RISCOS DE PRODUTOS NÃO REGULAMENTADOS

Itens de procedencia duvidosa podem colocar a saúde em risco

 

Nos setores alimentícios e farmacêutico, a pirataria ultrapassa prejuízos econômicos, virando caso de saúde pública. E os dados não são baixos. Só no segmento de medicamentos, 10% do consumo mundial é de produtos piratas. A média no Brasil é de 30%, segundo OMS- Organização Mundial da Saúde, e a Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - já prevê algumas medidas para evitar a continuidade da ilegalidade.

Para a Mundo Verde, maior rede de lojas especializadas em produtos naturais da América Latina, a preocupação se estende a todos os produtos não regulamentados. "Temos 26 anos de experiência, uma trajetória importante no incentivo ao consumo de alimentos saudáveis, e rigidos critérios de avaliação dos produtos, sempre com adequação à legislação vigente", afirma Sérgio Bocayuva, diretor executivo da rede Mundo Verde.

A Mundo Verde alerta que inclusive os itens regulamentados devem ser consumidos com responsabilidade. "E só empresas e produtos confiáveis oferecem informações pertinentes sobre os produtos", afirma Flávia Morais, coordenadora da área de nutrição da rede Mundo Verde. 

Atualmente, percebe-se no mercado menor rigidez na inspeção da rotulagem, de registros, de informações nutricionais, dentre outros, o que faz com que o consumidor não tenha garantia da qualidade do produto adquirido. Alguns fabricantes, em determinados casos, burlam a legislação para agilizar o lançamento de produtos que viram subtamente tendências de mercado, disponibilizando itens de procedência e eficácia duvidosas.

Buscando minimizar os riscos dessa prática, a equipe da Mundo Verde está sempre atenta à legislação para oferecer um produto seguro e que realmente corrobore para a qualidade de vida e bem-estar de seus clientes. Além disso, conta com equipe de nutrição altamente qualificada para análise dos produtos cadastrados na rede.

Portanto, para não colocar a saúde em risco, é fundamental ter certeza sobre a procedencia dos produtos que consome. Fique de olho e só compre de marcas e lojas conhecidas e bem qualificadas no mercado.

Sobre a rede Mundo Verde

A Mundo Verde, maior rede de franquias especializadas em produtos naturais, orgânicos e para o bem-estar da América Latina, é referência em qualidade de vida e alimentação saudável. São mais de 220 lojas no Brasil, distribuídas por 24 estados mais o Distrito Federal, além de 2 unidades em Portugal. A rede oferece ainda o serviço gratuito Alô Nutricionista, para esclarecimentos de dúvidas, dicas e orientações por meio do telefone 0800-022 25 28.www.mundoverde.com.br

domingo, 21 de abril de 2013

SALVE BRASÍLIA QUE HOJE FAZ 53 ANOS

 Bico da Torre

 

A sombra do bico da torre na terra

faz o ponteiro

que marca o momento preciso

da gente se amar

 

São flocos de nuvens que pairam

no céu de Brasília

dão na vista textura arquitetura obra de artista

 

São blocos caiados de branco

banhados de chuva e de luz

necessidade nessa cidade

de afeto é o que conduz

 

Me induzo a ficar a pensar

que sou o céu

 E o bico da torre é a antena

que marca o momento apenas

(música de Renato Matos)

 

 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Re: Indústria da mineração à espera de bons ventos

INDÚSTRIA DA MINERAÇÃO À ESPERA DE BONS VENTOS




Indústria da mineração à espera de bons ventos
Por Eduardo Martins*

O Brasil é considerado uma potência em mineração, e o setor é um dos que têm mais relevância na economia do País. Só para termos uma ideia do peso dessa indústria, de acordo com o Plano Nacional de Mineração, os investimentos previstos em pesquisa mineral, mineração e transformação mineral totalizarão US$ 270 bilhões até 2030, além de mais 30% sobre este valor em infraestrutura e logística.
Apesar das boas perspectivas, um detalhe tem gerado preocupação para a indústria nos últimos meses: a dependência do Brasil com relação ao preço do minério de ferro, seu principal produto. A redução do apetite chinês por esta commodity causou um impacto negativo nas companhias brasileiras de mineração, o que deixou investidores apreensivos, criando um ambiente de incertezas. Estas questões tendem a acertar em cheio as empresas menores, que sentirão mais os efeitos da queda dos preços. Por outro lado, criam um cenário favorável para as vendas de ativos, que podem ser constatadas pelo aumento gradual do número de fusões e aquisições no segmento. Em 2009, foram anotadas apenas nove operações, enquanto que em 2012 foram 23. Números que demonstram que a indústria de mineração ainda gera boas oportunidades e que seu crescimento não está próximo do fim.
Tudo indica que vai haver uma expansão moderada da demanda global por minérios e metais, o que deve levar muitas empresas a repensar os seus planos de negócio, realocar capitais e reduzir custos, além de ser necessário desenvolver a habilidade de negociar com os clientes em um cenário de volatilidade de preços. 
Para manter-se competitiva, a indústria ainda precisa enfrentar alguns gargalos do mercado interno que norteiam o futuro do setor no Brasil e ainda estão em discussão. Alguns desses desafios são a carência de mão de obra especializada, a demora na entrega de equipamentos, a questão da logística e a relação com a cadeia produtiva. 
Porém, atualmente, um dos pontos mais preocupantes é a definição de um marco regulatório a partir da implantação do Código de Mineração. Inclusos nessa discussão estão fatores como a mudança na cobrança de royalties sobre a exploração de minérios, a concessão de licenciamentos ambientais e a criação de uma agência reguladora para o segmento.
A implementação do novo Código, desde que concluída brevemente, pode ser considerada um avanço, e terá como foco tornar o processo e a gestão mais eficientes e atraentes aos investidores. Enquanto isso, a indústria de mineração segue à espera de definições, um pouco à deriva e reagindo sem grande planejamento às exigências do mercado.

* Eduardo Martins é líder do setor de Mineração da KPMG no Brasil.



Fwd: Indústria da mineração à espera de bons ventos

INDÚSTRIA DA MINERAÇÃO À ESPERA DE BONS VENTOS

Indústria da mineração à espera de bons ventos

Por Eduardo Martins*

 

O Brasil é considerado uma potência em mineração, e o setor é um dos que têm mais relevância na economia do País. Só para termos uma ideia do peso dessa indústria, de acordo com o Plano Nacional de Mineração, os investimentos previstos em pesquisa mineral, mineração e transformação mineral totalizarão US$ 270 bilhões até 2030, além de mais 30% sobre este valor em infraestrutura e logística.

Apesar das boas perspectivas, um detalhe tem gerado preocupação para a indústria nos últimos meses: a dependência do Brasil com relação ao preço do minério de ferro, seu principal produto. A redução do apetite chinês por esta commodity causou um impacto negativo nas companhias brasileiras de mineração, o que deixou investidores apreensivos, criando um ambiente de incertezas. Estas questões tendem a acertar em cheio as empresas menores, que sentirão mais os efeitos da queda dos preços. Por outro lado, criam um cenário favorável para as vendas de ativos, que podem ser constatadas pelo aumento gradual do número de fusões e aquisições no segmento. Em 2009, foram anotadas apenas nove operações, enquanto que em 2012 foram 23. Números que demonstram que a indústria de mineração ainda gera boas oportunidades e que seu crescimento não está próximo do fim.

Tudo indica que vai haver uma expansão moderada da demanda global por minérios e metais, o que deve levar muitas empresas a repensar os seus planos de negócio, realocar capitais e reduzir custos, além de ser necessário desenvolver a habilidade de negociar com os clientes em um cenário de volatilidade de preços. 

Para manter-se competitiva, a indústria ainda precisa enfrentar alguns gargalos do mercado interno que norteiam o futuro do setor no Brasil e ainda estão em discussão. Alguns desses desafios são a carência de mão de obra especializada, a demora na entrega de equipamentos, a questão da logística e a relação com a cadeia produtiva. 

Porém, atualmente, um dos pontos mais preocupantes é a definição de um marco regulatório a partir da implantação do Código de Mineração. Inclusos nessa discussão estão fatores como a mudança na cobrança de royalties sobre a exploração de minérios, a concessão de licenciamentos ambientais e a criação de uma agência reguladora para o segmento.

A implementação do novo Código, desde que concluída brevemente, pode ser considerada um avanço, e terá como foco tornar o processo e a gestão mais eficientes e atraentes aos investidores. Enquanto isso, a indústria de mineração segue à espera de definições, um pouco à deriva e reagindo sem grande planejamento às exigências do mercado.

     

* Eduardo Martins é líder do setor de Mineração da KPMG no Brasil.

 


terça-feira, 16 de abril de 2013

UM SAMBA DE CACÁ PEREIRA E LUIS TURIBA

Ausência

Um samba de Cacá Pereira/ Luis Turiba

 

Se a luz do sol

Entrasse pela madrugada

Essa cidade iluminada

Iria ver a sua ausência

 

Ninguém notou

E só eu sei que é impossível caminhar

Por essas ruas onde você não está

Não há sentido na existência

 

O seu partir

Fez dessas ruas cicatrizes

Rastro de nós, dois infelizes

Um a vagar e outro a padecer

 

E a luz do sol

Iria ao mundo indiferente revelar

A dor que sente um coração a lamentar

A vida sem amanhecer

 

(Refrão)

Despertai humanidade

Vinde estrelas socorrer

Não há luz nessa cidade

Nem amor sem você

 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

SER OU NÃO SEJA


Luis Turiba

tenho um rottwailer que pensa ser poodle
um poodle que sonha ser gato
um gato que jura que é gente
e cá entre nós:
tô cada dia mais perecido com duênde

Fwd: inicio de uma grande história



UMA RUA PORTUGUESA, COM CERTEZA

Por Luis Turiba

É uma ladeira centenária com chão de paralelepípedo e curvas sinuosas. Começa na Rua do Catete e termina no Outeiro da Glória, onde está um dos mais belos patrimônios arquitetônicos que os portugueses deixaram para a civilização brasileira: a igreja Nossa Senhora da Glória, construída provavelmente em 1714, é considerada uma jóia da arquitetura setecentista. Construída no centro do adro, a igreja é formada por dois octógonos irregulares, alongados e interligados.

Mas vamos voltar à subida da Rua Barão de Guaratiba, um pedaço do Portugal colonizador que sobrevive às modernidades do Rio da Copa, do Papa Francisco e das Olimpíadas de 2016.

A maioria das casas da pacata "Barão" é da primeira metade do século passado. São casarões, cuja arquitetura colonial barroca soube como poucas equilibrar andares em espaços não lineares.

Grande parte desses casarões carregam significativas tradições lusitanas tais como: portais azulejados, gradis rococós com a data da construção – muitos do século XIX -; muros altos, alguns em pedras, cobertos por heras e verdejantes avencas quase fluorescentes. A força da cor azul em portas e janelas com pequenas varandas é marcante, assim como alguns muros trazem a lembrança dos pagodes chineses, herança portuguesa em Macau.

Os quintais são generosos e quase sempre dão vista para um longínquo Corcovado ou um próximo Pão de Açúcar. São também magníficas algumas espécies que nascem nas calçadas, transformando-as em jardins abertos, públicos e embelezadores.

 


domingo, 14 de abril de 2013

GARBOS PARA OS DOCES BARDOS DA POÉTICA BRASILEIRA


Luis Turiba

Que maravilhosa capa a da "Revista O Globo" deste domingo. Vibrei com o ousado anúncio da cristalização de uma nova geração de poetas brasileiros. Na foto, de fato, os novos bardos sem lenços, mas com documentos poéticos em dia. Três poetas mulheres e dois homens. Elas sempre à frente.

Os cinco escolhidos são: Alice Sant´Anna, Ana Martins Marques, Angélica Freitas, Fabrício Corsaletti e Leonardo Gandolfi. Todos já na roda da Poesia há anos e hoje apresentados à sociedade literária-poética brasileira em reportagem de Mariana Filgueiras. Tudo isso com o aval de poetas já consagrados como Carlito Azevedo, Sérgio Cohn e Armando Freitas Filho. Vale?

Tive vontade de soltar foguetes, dar cambalhotas. Se fosse Dilma, decretaria feriado nacional. Como sou poeta, brindo com meu axé a chegada dessa nova tur(x)ma. Sim, não é todo dia que se faz um anúncio desse cabedal com tanta galhardia.

Claro que vai ter chororô, críticas e polêmicas. Faz parte do culto. Muitos bons ficaram de fora, mas já já surge uma Heloísa Buarque de Hollanda e publica um novo 26 Poetas colocando ordem no varal, digo: recital.

O importante, é que o espaço da cultura poética brasileira está pulsando por novos poetas, novos poemas, novos espaços, novas sacadas. E eles estão aí para nos renovar; nós, os velhos e permanentes aprendizes da arte do verso. Nem que seja o reverso. 

sábado, 13 de abril de 2013

Fwd: FRANÇA E URUGUAI APROVAM O CASAMENTO LGBT. ARTIGO DE CORA RÓNAI SOBRE AS OLIMPÍADAS

FRANÇA E URUGUAI APROVAM O CASAMENTO LGBT.


Márcia de Almeida

 
13 de abril de 2013 #276


Se Eduardo Campos fechar com o DEM, não vai dar. Com o Serra muito menos. Ou ele vem como uma alternativa ou pode ficar onde está, concorda?

No Rio, a aliança PMDB/PT deve fazer água, embora ainda esteja muito cedo para dizer, mas pesquisas colocam Lindenberg em primeiro lugar, Garotinho ( toctoctoc, bato na madeira0 em segundo e o tal de Pezão em terceiro. Pra mim, fileiras cerradas contra Garotinho.

Mantega falou em aumento dos juros por causa da inflação, que já ultrapassou a meta do ano. Não é só o tomate que está proibitivo. D. Inflação chegou e, mesmo que baixe os preços, eles terão tido alta. O tomate custava 3,99 e chegou, no Jardim Botânico, Rio, a ser vendido a quase 15!

Na área dos direitos civis e humanos, Uruguai e França aprovaram o casamento homossexual, com direito a adoção, finalmente. Fica difícil falar "em nome da família". Resta saber qual família. Ali, para acabar com a ditadura do "homem e mulher", as palavras foram substituídas por cônjuge ou contratante, terminando com diversos dilemas; adoção, a ordem dos sobrenomes, benefícios sociais, questões sociais e herança.

O Uruguai de José Mujica andou bastante à frente. Liberou o uso da cannabis sativa, vulgo maconha, e o casamento LGBT.

A lei uruguaia iguala completamente os dois cônjuges do casamento, anulando a diferença entre homens e mulheres e aprovando o casamento de pessoas do mesmo sexo. Homens podem pedir o divórcio e a ordem do sobrenome da criança é uma opção docasal. No casamento hetero, o nome do marido tinha que vir primeiro.

Agora falta apenas Mujica promulgar a lei, que já havia sido aprovada no Senado e, na quarta-feira, o foi pela Câmara dos Deputados.

O sopro da igualdade também passou pela França, ontem, onde o Senado aprovou a união entre pessoas do mesmo sexo, incluindo a adoção de crianças. O projeto de lei tem 23 artigos e deve ser aprovado na Assembleia Nacional, onde o governo socialista de François Hollande tem maioria, no próximo dia 23.

No Eliseu, teme-se que a crise econômica seja usada como mote pelos muitos que são contra a união legal LGBT.

Mas são cidadãos como quaisquer outros, pagam os mesmos impostos e, se têm os mesmos deveres, têm que ter os mesmos direitos. Ou não?

Mas um dos assuntos da semana foi o fato de um camelo, dado ao presidente Hollande, no Mali, ter sido comido pela família que o abrigava, para matar a fome. Vai vir um outro camelo, mas será enviado a Paris, Just in case.

Por aqui, temos a união civil entre casais do mesmo sexo, mas está muito longe de ser igual ao casamento. Se quiser saber a diferença entre um e outro, procure lá no site, que tem post sobre o assunto.

Eu espero, sinceramente, coo várias pichações londrinas, que Margareth Thatcher arda no fogo do inferno, se fogo do inferno houver. Ainda vamos ter que aturar seu enterro, na quarta-feira.

E acho que não se deve mais discutir as Malvinas, uma vez que seus habitantes votaram em massa para continuarem britânicos.

Enquanto isso, cresce a tensão na península coreana. Esse troço não deve terminar bem. Os coreanos do norte não possuem mísseis que cheguem aos EUA, mas podem fazer um estrago na Coreia do Sul.

E o Maracanã deve ser privatizado. Toda essa dinheirama e obras, expulsão de índios e o escambau, para ser comprado, inclusive, por Eike Batista.

Só sendo a favor do paredón...

Segunda-feira vai ser o caos carioca, com 24 pontos de bloqueio das vans, proibidas na Zona Sul. Estupro agora, só na Zona Norte, heim?

O problema das vans é que não há transporte público decente. Aqui no Leme, onde moro, por exemplo, são 5, 6 vans passando até aparecer um dos poucos ônibus que servem o bairro para a Zona Sul.

Enquanto não se trata da predação na grana dos pensionistas, há a PEC da Desaposentadoria, que vai dar um rombo considerável nos cofres públicos,se for sancionada pelo governo, o que não deve acontecer.

Los hermanos sancionara ontem sua PEC da doméstica, onde as funcionárias têm que trabalhar 48 horas e, não, 44 horas feito aqui. Mas, com a equiparação dos direitos, lá vai rolar licença maternidade ( 90 dias), licença por nascimento ( dois dias corridos) e licença-casamento ( 10 dias corridos).

No Brasil, discute-se o valor do que os patrões pagarão de FGTS, em caso de demissão sem justa causa: dos 40% que as empresas pagam, devemos cobrar 10% no caso das domésticas.

Infelizmente, acho que vou precisar rever minha posição de não ir a manifs políticas na orla, por achar que o lugar delas é no centro da idade.Ninguém mais, quase, marca algo na Cinelância e se eu quiser protestar na rua, vou ter que ir à orla carioca. Saco!

Fico por aqui, ainda sem o post CURTIR TAMBÉM É CIDADANIA, que só volta em maio.

Bom fim de semana!

PS: Leia o artigo de Cora Ronai desta semana, Incompetência Olímpica, clicando aqui

 
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quarta-feira, 10 de abril de 2013

República dos cracudos

Crônica publica no jornal O DIA

Luis Turiba

"Aí, fica ligado na mochila. Os cracudos estão soltos."

O aviso foi dado por um motorista de ônibus da linha Rodoviária-Leblon.  Voltava de uma visita de trabalho na Rua do Livramento, na Saúde, e peguei a condução errada. Fui parar numa pequena rodoviária construída na região para ônibus urbanos. Foi quando me dei conta que de Saúde o bairro não tem nada, enquanto uma nova palavra passou a habitar minha consciência.

Ao descer de um ônibus para entrar em outro, deparo-me com aquela confusão de cinema bandido. Na cena, uma mulher incorporada numa pomba-gira dessas bem rampeira desafiava com gestos agressivos, mãos na cintura, gritos e muitos palavrões um homem magro, só de bermuda, com pinta de zumbi. Ela chegava a dar à face para ele estapeá-la. Ambos, usuários de crack. Um PM tentava separar a possível briga, mas não conseguia. Todos se movimentavam com rapidez de um lado para o outro na cena, trocando tapas, chutes e ponta-pés, entre ônibus e passageiros. Tanto ela quando ela eram apoiados por suas respectivas hordas.   

Essa parte da cidade está de ponta-cabeça em função das múltiplas obras do Porto Maravilha. É no redemoinho desse ambiente de entulhos, buracos e lama que cresceu, entorno do Morro da Providência, da Central à Leopoldina, uma cracolândia de porte considerável. Dia desses a polícia desarticulou uma boca que já havia aliciado onze PMs da UPP. Mas a cracolândia continua lá.

Juro que não queria escrever sobre nada disso. Parece que a gente é do contra o prefeito, quer derrubar governos e desestabilizar a Copa e as Olimpíadas. Além de ser assunto desumano e pesado.

Mas é impossível calar-se quando você olhar uma menina de seus 14 anos, mal ajambrada e quase encardida no seu sorriso ainda infantil, levantando seu corpete surrado, para mostrar a um camelô da Rodoviária, a barriga que carrega dentro um pequeno feto de seus cinco seis meses. 

São seres estranhos esses cracudos. Todos parecem vestir o uniforme da pré-morte. Esqueléticos, sujos, sem a mínima expressão na face, olhar perdido, sempre procurando alguma coisa que pode se resumir a uma pedra de crack ou uma mochila que vá lhe render "algum" que o leve a queimar a tão desejada pedra.

Droga maldita sem piedade, que não só extermina legiões de jovens e até adultos, como também suja a barra de um projeto tão ousado como esse de criar, um novo bairro boêmio, alegre e cultural, o tal Porto Maravilha.

Não sei qual a olímpica solução para tamanha incógnita. Mas se é Maravilha, não é cracuda. Pois se é a República dos Cracudos, não é maravilha.

 

Luis Turiba – poeta e jornalista

Fwd:

EDVALDO SANTANA VEM A BRASÍLIA HOMENAGEAR CARLINHOS PIAUÍ

Edvaldo Santana no Gama-Distrito Federal, p

               

            Edvaldo Santana é um cara estranho... Músico independente, artista criativo e inovador, surfou pelas margens dos cenários midiáticos globais e quetais da música brasileira das décadas de 70/80/90. Criado entre a cultura da periferia paulistana e das raízes nordestinas, foi assimilando influências e engrossando seu caldo poético com coisas de baianos, piauienses, paulistanos, paulistas, cariocas e tantos outros brasileiros  que habitam a Paulicéia dita desvairada.

            Tom, o vivo que é o Zé, disse que Edvaldo, tinha "arrogância de bárbaro invasor"... Ademir Assunção, poeta, escreveu que Edvaldo socializa a informação, nesse caso a musical, espraiando Reggae, Jazz, Merengue, Glauco Mattoso, Haroldo de Campos, Leminsky, Melodia, Cartola, Raul, Hermeto, Arrigo Itamar e tantos quanto merecerem;

Teresa Albuquerque, jornalista, disse que o cara é craque. Só tenho a concordar com todos, sem restrição

            Ligado no cara, propus, em 2012, que ele viesse ao Gama para conhecer algo mais sobre a capital dos brasileiros; e o cidadão topou!

            Lobo Solitário que é, botou viola e poemas na sacola e aqui desembarcou numa quinta-feira, 10 de janeiro de 2013, disposto a encarar o lobo Guará, bicho arredio. E arrebentou! Fez gols de placa já na estreia! Encantou quem nunca tinha ouvido as músicas que o sujeito cria faz em comunhão com tanta gente boa da MPB e no mais recente trabalho, o disco "Jataí", assumiu ser poeta e fez um disco lindíssimo; e no Gama, naquela noite, dia 11 de janeiro de 2013, a cidade brilhou ainda mais! Todos gastamos os aplausos que o artista mereceu e merece.

            Encantado pela pessoa, tanto quanto pela obra, convidei-o para vir à cidade outra vez. Acertamos que seria no mês de abril, num dia 19, para fazermos, juntos com a cidade, um programa de Índio. O camarada topou! E rolará! Porém, um fato inesperado se fez presente: a morte de meu amigo Carlinhos Piauí!

            Entristecido e sorumbático, porém com a certeza que a vida segue seu implacável curso, decidi do limão, fazer uma limonada; da tristeza, alegria de poeta; da ausência tira-gosto. E Edvaldo, consultado, topou.

            Criamos, então, o "Sarau-Tributo" a Carlinhos Piauí, que acontecerá dia 20 de abril de 2013. Antes porém no dia 19, Edvaldo dará uma aula musical no C.G., aqui no Gama, para alunos do Ensino Médio, matriculados na EJA. O C.G. é uma escola onde tantas vezes, tantos de nós, incluso Carlinhos, muitíssimas vezes lá esteve. O C.G, foi e é palco de formação e informação para muita gente do Gama.

            Conhecido pela simpatia e pela independência artística, Piauí era um cara acolhedor. Admirador da cultura brasileira, levou o nome do Gama por muitos bailes na vida. Trouxe muita gente boa para apresentar o Gama e ao Gama. Deixou perplexo ao morrer tão cedo, muitos de nós.

            Músico diferenciado, poeta, anarquista cultura, provocador criativo, Carlinhos Piauí deixa um buraco cinzento na cultura do D.F.; Carlinhos Piauí e Edvaldo Santana são caras estranhos... Fazem arte, são gente boa e deixam herança, legado... Fui muito amigo de Piauí e admiro muito Edvaldo Santana. Além da arte, do caráter e da integridade profissional, ambos carregam nas veias a rica cultura piauiense. E eu, que já fui baiano e hoje calango sou, me divido entre a saudade de meu grande amigo Carlinhos e a presença generosa de Edvaldo Santana. Alegria e Tristeza se somam e dão forma ao nosso viver. Só me resta compartilhar o que o Gama tem de melhor, pois aqui a Ponte é Alta; a Porta Aberta; a Casa Grande e a poesia tem o tempero do Piauí!!!  Bem-vindo, Edvaldo!

(texto de Ghezo)

 

Edvaldo Santana no Gama

·        19 de abril, 21h - C.G (para a comunidade escolar).

·        20 de abril, a partir de 20h - "Sarau-Tributo a Carlinhos Piauí", no Espaço cultural Umuarama, Ponte Alta  Norte – Gama-DF, acesso pela Avenida São Francisco, fundos com o "Sol da Noite".

·        Contatos 61.92946454 – Jorge Ghezo

 

 

 

 

 

 

 

 


terça-feira, 9 de abril de 2013

JOEL SILVEIRA, GIL E CAETANO: FILMES E DEBATES

Dois documentários dirigidos pelo jornalista Geneton Moraes Neto e produzidos por Jorge Mansur, seguidos de debates, vão movimentar o auditório do Sindicato dos Jornalistas em abril.

O primeiro, no dia 9, com exibição a partir das 19h, seráGarrafas ao Mar: a Víbora Manda Lembranças, sobre a vida do repórter Joel Silveira, amigo de Geneton por 20 anos (foto). A vida de Joel é relembrada através de entrevistas em áudio e vídeo gravadas pelo próprio Geneton, com narração do cantor Fagner. Eles interpretam uma seleção de textos de Joel, que trabalhou como correspondente na Segunda Guerra Mundial para os Diários Associados.

"Quando finalmente dei por encerrado o documentário Garrafas ao Mar : a Víbora Manda Lembranças, respirei aliviado porque cumpri parte da tarefa que impus a mim mesmo: a de dividir com os outros – especialmente com estudantes e jornalistas – o que vi e ouvi de Joel Silveira", conta Geneton, que vai debater o filme no auditório do Sindicato após a exibição.

"Digo que tirei a sorte grande no Jornalismo:  tive a chance de conviver durante vinte anos com um repórter que fez história. Textos como os que Joel produziu sobre a Segunda Guerra, ou sobre um encontro fugidio com o então presidente Getúlio Vargas ou, ainda, sobre  um menino morto durante um protesto de rua em Bogotá merecem o título de clássicos do jornalismo brasileiro", completa o diretor.

Quem quiser aproveitar a ocasião da exibição do documentário, pode conhecer a Sala Joel Silveira, no Centro de Cultura e Memória do Jornalismo, no sétimo andar do prédio do Sindicato. O local guarda a importante biblioteca que pertenceu ao repórter, falecido em agosto de 2007, e também objetos diversos como fotografias, condecorações e caricaturas.

O segundo documentário, que será exibido no dia 16 de abril, também a partir das 19h, tem como tema o exílio vivido em Londres por Gilberto Gil e Caetano Veloso durante a ditadura militar. Narrado pelo ator Paulo Cesar Peréio, Canções do Exílio – A Labareda que Lambeu Tudo tem participação dos compositores Jorge Mautner e Jards Macalé, que por caminhos diferentes foram visitar os amigos em Londres.

Os debates que serão realizados após a exibição dos documentários vão contar com a presença do diretor Geneton Moraes e do jornalista Arthur Dapieve, no dia 9, e de Geneton e Cid Benjamin, no dia 16. A entrada é franca, sem necessidade de inscrição.

DOCUMENTÁRIOS E DEBATES

Dia 9 de abril, a partir das 19 horas:
Exibição de Garrafas ao Mar: a Víbora Manda Lembranças
Em seguida, debate com Geneton Moraes Neto e Arthur Dapieve

Dia 16 de abril, a partir das 19 horas:
Exibição de Canções do Exílio – A Labareda que Lambeu Tudo
Em seguida, debate com Geneton Moraes Neto e Cid Benjamin

Local: auditório do Sindicato dos Jornalistas (Evaristo da Veiga 16/17º andar. Cinelândia)

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Fwd: Despedida do nosso querido PACO CAC

 Despedida do nosso querido PACO CAC


Dia: Sábado, 5/4 (AMANHÃ)
Velório: a partir das 10h
Cremação: 15h
Local: Cemitério Jardim Metropolitano. Valparaíso (GO)
Capela n° 7.


LALALAMENTOTO - Por Mario Pirata
Para Paulo (Paco Cac) Custódio 1952/2013

Deus pode tudo, ter vários nomes, vários rostos,
até ser mais de um, sendo vários.
Deus pode ser paciencioso,
observar as bobagens que fazemos,
respirar fundo, levar a mão no rosto
e suspirar quando fazemos estripulias.
Deus pode ser vascaíno, flamenguista,
flanelinha, pipoqueiro, contrabandista.
Gerar energia para mover rios e mares,
levar vida, de todos os modos, a todos os lugares.
Pode ser surdamente silencioso,
ou silenciosamente barulhento.
Pode fazer a vida começar num breve momento
e num instante breve levar-nos a voar
e a sonhar com candelabros e cataventos.
Pudesse eu pedir-lhe algo, assim faria,
de pronto, sem constrangimento:
- Senhor, não leve para junto de si, tão cedo, os poetas,
deixai-os ficar velhinhos, para que sofram
pelo atrevimento de criar com as palavras, deixai-os
por aqui, soltos e livres como pássaros sem asas.
Mas Deus, por vezes, deve sentir-se solitário,
e nesses momentos sempre chama um poeta
para lhe fazer companhia, para ter alguém
com quem conversar, alguém com suficiente
capacidade de imaginar acontecimentos.
Deus ainda tem o estranho hábito de chamar crianças
para junto de si, como um velho que já viu tudo
e precisa de coisas novas para serem vistas.
Poetas e crianças possuem esse dom
– conceder olhos novos ao todo-poderoso,
fazendo desse jeito com que Ele permaneça
botando fé na sua criação, no seu invento,
e, consequentemente, em nosso sustento.
Quando morre um poeta, então sabemos,
nasce uma estrela nova no firmamento.
E o Bom Senhor recoloca as peças no tabuleiro,
enquanto, sorridente, prepara um chá quente,
para receber mais um companheiro.



quarta-feira, 3 de abril de 2013

'INDI-VIDROS" DO CILDO - EM INHOTIM

Indi-vidros do Cildo

Luis Turiba

Ao caminhar sobre cacos de vidros em um ambiente asséptico e repleto de surpreendentes obstáculos desafiadores (cercas de arame farpado, grades, telas, aquários, barras, etc), na instalação "Através", de Cildo Meirelles, você torna-se também um "indi-vidro" – ou seja, um indivíduo partido, embalado pelos cacos que rolam e fazem estranhos ruídos aos seus pés.
De todas as obras contemporâneas que estão espalhadas pelo mágico território de Inhotim, galeria de arte a céu aberto localizada em Bumadinho, cerca de uma hora de Belo Horizonte na estrada que vai para São Paulo, é em "Através" que o visitante se depara com o simbólico de nossos cotidianos, cheios de desafios, perigos, surpresas, derrotas e vitórias. Antes, um banho na "Sala Vermelha", também de Cildo Meirelles, onde os objetos perdem a identidade em função da berrante cor vermelha, que está em absolutamente tudo, tudo, tudo – até na água que escorre de uma torneira.
Foi por essas duas instalações que chegamos à Contemporaneidade da Arte Visual em Minas Gerais. Fim do barroco e do modernismo da Pampulha. Minas agora empresta sua natureza – montanhas, jardins, palmeiras, cheiro de gado, paisagismo entre pedras – ao que há de mais instigante no mundo das artes pós-moderna – o parque de Inhotim.
Os obstáculos de "Através", do ponto de vista metafórico, são os vidros que quebramos durante esta deliciosa sensação de ser/estar que chamamos vida. Ora fáceis, como um aquário; ora difíceis como passar em arame farpado. No ambiente, assim como na vida, é preciso ter leveza e sabedoria para pisar nos cacos de vidros de nós mesmos.
Como me disse a companheira/psicóloga Luca Andrade, cm quem fiz a visita: "aqui o indivíduo se transforma em indi-vidro, vivo, dividido, indiviso, inteiro em suas partes. Essa instalação do Cildo nos faz refletir muito."
"É preciso está atento e forte/ não temos tempo de temer a morte", já cantava Caetano Veloso nos tempos da Tropicália. Diante de seus próprios cacos pisados com seus sapatos, olhamos para o brilho do vidro e fica tudo translúcido. Luca conclui: "Preciso ter coragem, agilidade, cuidado, carinho, firmeza, aconchego, atenção e astucia para lidar com os cacos de nossos cotidianos, pois cada caco é um universo que nos dá a magia do momento presente."

'AVENTURAS DE RAPAZ", NOVO LIVRO DE ELIAS FARJADO

Em Aventuras de Rapaz, o leitor é convidado a acompanhar as venturas e desventuras de um jovem que parte do interior de Minas para o Rio de Janeiro em busca de um futuro. No caos da metrópole carioca efervescente do fim dos anos 1960, este personagem singular (aqui chamado apenas de
Rapaz) se dedica com paixão à arte de descobrir o mundo e a si mesmo – em meio a outros jovens também cheios de indagações sobre que destino tomar, que tendência seguir, que barato experimentar.
As aprendizagens desse jovem, tão icônicas da sua geração – o sexo, as drogas, música, arte, política – são emolduradas pelo clima de rebeldia generalizada que permeou o regime repressor dos anos
de chumbo – anos de violência e ternura. Festivais da canção, passeatas, protestos, os almoços no Calabouço, a morte do estudante Edson Luís: os passos e percalços de Rapaz se entrecruzam com alguns dos mais importantes acontecimentos da história recente do Brasil.

Aventuras de Rapaz pode ser lido em continuidade a Ser tão menino – romance anterior do autor –, relato lírico memorialista de uma infância mineira. Com agilidade de jornalista e sensibilidade de escritor, Elias Fajardo apresenta agora mais que um romance de formação – uma narrativa na fronteira entre a ficção, o testemunho e a biografia, na qual "as chamas da emoção fazem arder o bonde da história".

Aventuras de Rapaz, trecho

Elias Fajardo

"Entrega-se a Lauro depois de não sei quantas caipirinhas, arfando na cama do hotel barato, a cabeça roda mais do que os casais da gafieira Elite onde tinham ido, a cordes de choro e ela pede, quer mais, morde a carne rija de um Lauro perplexo, feliz, que ama com simplicidade e carência, amolece o corpo num abraço que nunca acaba. Se adentram com fúria de primeiros amantes. De manhã, ela procura os óculos, meio tonta, cata peças (de roupa e de sentimento), faz das tripas coração pois seu homem tem reunião na segunda-feira cedo, já está preocupado com o mundo, amando a revolução e não Eva, perdida em lençóis impessoais, apalpando seu próprio corpo amassado e desejando sumir, fugir, desaparecer na multidão."

Fwd: convite do elias



ELIAS FARJADO LANÇA NOVO LIVRO



Fwd: convite do elias

ELIAS FARJADO LANÇA NOVO LIVRO


terça-feira, 2 de abril de 2013

Fwd: Pauta: Caravana de Escritores na I FLIDF


 

Brasília recebe Caravana de Escritores voltada para literatura infantil

 

A FLIDF, 1ª Feira Literária Infantojuvenil do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (SINEPE-DF), vai contar com a Caravana de Escritores em sua programação. Os escritores Léo Cunha e Íris Borges vão discutir narração através de imagens e ilustração de palavras, junto ao ilustrador representante do Distrito Federal, Romont Willy. A feira vai de 08 a 14 de abril e o evento da Caravana acontece dia 13, às 15h, com sessão de autógrafos ao fim do debate.

 

A Caravana de Escritores é interligada ao Circuito Nacional de Feiras de Livro, um projeto sistematizado pela Fundação Biblioteca Nacional, por meio de sua Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, e Câmara Brasileira do Livro (CBL). Suas atividades – como contação de histórias, debates e oficinas – complementam a programação dos eventos literários e têm o objetivo de promover a interação autor-leitor, ao colocar os leitores em contato direto com a literatura produzida no Brasil.

 

Eventos cadastrados no Circuito podem solicitar a participação da Caravana na sua programação, e serão atendidos até acabar a verba do programa.  Cada evento procura contar com autores locais, regionais e conhecidos nacionalmente, a fim de divulgar diferentes estilos da literatura brasileira e valorizar os escritores da terra. Mais informações através do Portal http://www.bn.br/caravanadeescritores/

 

Programação do Caravanas de Escritores na FLIDF

Narrando com imagens, ilustrando com palavras - LEO CUNHA / IRIS BORGES / ROMONT WILLY + Sessão de autógrafos na Praça

Data: 13/04

Horário: 15h às 17h

Local: Taguatinga Shopping - QS 01 Rua 210, lote 40 - Pistão Sul, Taguatinga/DF

 

Outras Caravanas

Joinville/SC - 10ª Feira do Livro - de 10 a 12 de abril
Florianópolis/SC - Semana Municipal do Livro Infantil - de 12 a 18 de abril
Itapé/BA - 1ª Feira do Livro - 21 de abril
Nilópolis/RJ - 1ª Feira Literária - 25 de abril de
Santo André/SP - I FLIPAL Feira de Livros dos Parques de Leitura - de 25 a 28 de abril
Poços de Caldas/MG - FLIPoços 2013 - de 27 de abril a 05 de maio

Caçapava do Sul/RS - XXIII Feira do Livro - 28 de abril

 

 

Assessoria de comunicação da FBN

(21) 3095-3803/3848

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